sábado, 23 de março de 2013


Hoje é aniversário da melhor avó do mundo: a minha. 

São 83 anos, 8 filhos, 15 netos, 2 bisnetos, e é a personificação de "Matriarca da Família". É a minha maior referência de mulher forte, que aguentou de cabeça erguida todos os obstáculos que se possa imaginar. Pra ela nunca teve essa de "homem pode fazer mas mulher não". Desde cedo trabalhava fora enquanto todas as outras eram donas de casa, se separou do marido e criou os filhos sozinha numa época em que as mulheres simplesmente aguentavam tudo caladas. 

Ela se mete na vida de todos da família, sem pudores, sem remorso. Nos faz passar vergonha por dizer tudo o que pensa, não guarda um segredo, conta tudo da nossa vida pros vizinhos, é a rainha da chantagem emocional, mas se fosse de outro jeito não seria ela. Não é aquela vovozinha que faz bolo pros netos no domingo (inclusive, ela preferiria nem ter que pisar na cozinha). É a que te liga pra discutir as coisas que viu no jornal, ou o último jogo de futebol. Não perde um jogo do Corinthians, por ser corinthiana doente, mas sabe o time de todos os netos e vê todos os jogos deles, até torcendo um pouquinho. Em época de Copa do Mundo, a maior bandeira da rua é a dela. 

Desde que me entendo por gente a ouço dizer que faz "20 anos que ela não dorme", e é sempre mera coincidência se a encontramos cochilando durante a tarde na poltrona preferida. Nordestina, sim senhor, passa horas no celular, odeia sorrir em fotos, mas não deixa de sorrir na vida.

Feliz aniversário, dona Rita! Se não existisse, teria que ser inventada. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

(Re)Aprender ...



Funciona assim: durante a vida, aprendemos diversas coisas sem nem perceber. Não damos valor nem pensamos muito no grande aprendizado que uma coisa simples pode ser, só conseguimos dar valor quando não conseguimos mais fazer/ser aquilo e precisamos aprender novamente. 

É tão difícil aprender novamente! 

Quando estamos aprendendo pela primeira vez não há expectativas. Como não sabemos que estamos aprendendo, não sabemos até onde  é possível chegar. Porém, quando já se sabe aonde se deve chegar tudo parece mais difícil. E mais distante. E árduo.

O pior é quando não sabemos nem por onde começar...